Com a presença de cerca de 60 educadores do município de Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano, onde a natureza do Cerrado possui expressiva riqueza natural e integra o Corredor de Biodiversidade Jalapão - Oeste da Bahia, a Oficina de Formação em Educação Ambiental Investigando a Biodiversidade em Sala de Aula obteve importantes impactos na sensilibização local.
A iniciativa da Conservação Internacional, em parceria com o Supereco, com o apoio do Instituto Lina Galvani e da Secretaria de Educação, trouxe de forma dinâmica todo o potencial pedagógico do tema biodiversidade e sociodiversidade, com vivências práticas para a sala de aula que fizeram os participantes refletirem sobre o valor do Cerrado. Principalmente, sobre a importântica da manutenção da biodiversidade e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para a qualidade dos serviços ambientais locais, que vão desde o abastecimento de água, a diversidade de matérias-primas para a produção, até a sustentabilidade do próprio “agronegócio”, principal atividade da região.
“O resgate do pertencimento ao Cerrado, já que a maioria dos educadores vêm de fora, a sensibilização sobre o valor da região junto à reflexão de que a educação ambiental deve ser desenvolvida nas escolas de forma transversal, permanente e contínua, potencializando a nova Politica Estadual de Educação Ambiental da Bahia, foram pilares essenciais da transformação social conquistada na oficina, tornando a biodiversidade um grande guarda-chuva de conexões na escola”, ressalta Andrée de Ridder Vieira, coordenadora geral do Instituto Supereco.
Para a gerente de comunicação da CI, Gabriela Michelotti, “a oficina contribuiu para se desconstruir a imagem negativa da população em relação ao Cerrado. Ao discutir características locais, como a vegetação de árvores retorcidas e a fauna do Cerrado, ensinou que o bioma e a biodiversidade local são ricas e importantes para a sobrevivência de todos os brasileiros”.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Supereco nos Diálogos sobre a Biodiversidade, rumo à Rio+20, defende educação para a conservação
O Instituto Supereco participou, junto com representantes da sociedade civil, nesta útlima segunda e terça-feira (26 e 27/9) da série Diálogos sobre a Biodiversidade, em Brasília. O objetivo do encontro, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, e entidades parceiras como WWF-Brasil, União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), foi debater a elaboração da estratégia nacional para a conservação da biodiversidade.
Os Diálogos da Biodiversidade são organizados para promover consultas públicas a diferentes setores da sociedade com objetivo de coletar contribuições para a construção de um plano nacional de biodiversidade.
De acordo com Bráulio Dias, secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, o Ministério pretende estabelecer um referencial atualizado para o País trabalhar este tema em seus planos estratégicos.
Ele explica que apenas em 2002 as metas de prevenção e conservação da diversidade biológica começaram a ser estabelecidas. Em 2004, foram definidas 21 metas globais de biodiversidade, mas só a partir de 2006 foram aprovadas, pela primeira vez, um conjunto de metas nacionais.
"Antes de estabelecermos novas estratégias nacionais para 2020, que devem ser baseadas nas Metas de Aichi, decidimos promover esse diálogo. É fundamental a inserção do tema da diversidade biológica no planejamento estratégico de outros segmentos do Governo e da economia", esclarece o secretário.
Dias acredita que o maior desafio agora é conseguir engajar todos os setores da sociedade e Governo na busca pela conservação. As análises das metas nacionais indicam que as causas de degradação da biodiversidade estão ocorrendo nestas esferas.
O MMA pretende concluir esta consulta ainda neste ano para depois consolidar um documento com estas contribuições. A intenção é fazer uma proposta final do que seria uma meta nacional até 2020.
"Nós iniciamos uma discussão com outros ministérios para checar a aceitação do encaminhamento ao Congresso Nacional do que seria a Política Nacional de Biodiversidade, processo semelhante ao que ocorreu com a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Queremos transformar isso em um projeto de lei, dando respaldo político a estas consultas", disse Dias.
Estratégia brasileira - Para Cláudio Maretti, superintendente do WWF-Brasil, o MMA está promovendo a abertura do diálogo com a sociedade. "Estamos neste momento construindo a posição e as estratégias brasileiras, por isso esta discussão com diferentes setores é importante para que as metas sejam incorporadas no cotidiano das empresas, do Governo e de toda a sociedade", afirmou.
"Ainda temos que fazer uma adaptação baseada na biodiversidade em ecossistemas, que contemple as comunidades locais e as metas estabelecidas em Nagoya. A economia verde depende desta biodiversidade que estamos discutindo. A biodiversidade está no nosso dia, é o nosso alimento, é o que interfere também nas mudanças climáticas, no clima que temos em cada região, em produtos que usamos no cotidiano. Não é apenas uma preocupação de ambientalistas", defende.
A jornalista ambiental Liana John também defende a ideia de tornar a biodiversidade brasileira um tema comum para toda a sociedade. Ela acredita que o reconhecimento do valor da diversidade biológica só vai ocorrer quando a população souber que este assunto está presente em nosso dia-a-dia.
"Todas as pessoas precisam entender que a biodiversidade é um patrimônio nacional. Se elas acreditam, por exemplo, que os parques e reservas não são uma extensão de sua casa, que não são propriedade da própria população, então o tema fica distante do interesse das pessoas", reforçou a jornalista.
Metas de Aichi - As chamadas Metas de Aichi - determinadas pela última Convenção da Diversidade Biológica (CDB), realizada em Nagoya, na província de Aichi, no Japão - estabelecem um conjunto de metas agrupadas em temas como a contenção da perda da biodiversidade; ações para reversão dos processos que causam a devastação da mesma em todo o planeta; os problemas ligados ao uso não sustentável de seus elementos; incorporação dos conhecimentos de populações e povos tradicionais e mobilização de recursos financeiros para esta causa.
Também indicam aos países participantes uma conservação mínima de 17% em áreas continentais e 10% em zonas marinhas de seus territórios
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Campo Grande (MS) cria mosaico de iniciativas pela sustentabilidade
Desdobramentos oriundos das oficinas de educação ambiental “Investigando a Biodiversidade em Sala de Aula” já começam a surgir em diferentes Estados do país. Uma dessas histórias de boas práticas após o contato com a riqueza do mundo natural e suas possibilidades para a educação vem de Campo Grande (MS), onde o WWF-Brasil e o Instituto Supereco realizaram oficina em fevereiro de 2011 para 60 profissionais da rede pública de ensino.
Além de dinâmicas que “aterrizam” no território e revelam o funcionamento das complexas interações existentes no ambiente pantaneiro, foi a atividade “Mosaico da Sustentabilidade”, que permite a reflexão sobre o uso dos recursos naturais pelas atividades humanas, a que tocou mais profundamente os participantes. Com simples hexágonos de papelão reutilizado e algumas sucatas, os professores viram como é possível transmitir nas escolas a importância da sustentabilidade e dos serviços ambientais.
“Aplicamos a mesma metodologia no encontro mensal de formação da rede municipal de ensino, junto a 500 professores. Ficamos encantados com a atividade, pois além de tratar do esgotamento dos recursos, permite pensar nossos próprios problemas, como o lixão do município, e vislumbrar soluções, a exemplo da separação do lixo dentro das escolas”, conta a agente técnica de Ciências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Cristiane Goudin, formada na oficina de fevereiro.
A multiplicação do conhecimento caiu como uma luva em algumas escolas que são verdadeiros laboratórios a céu aberto. Numa delas, a existência de uma nascente de água dentro da escola tornou-se motivo de valorização do ambiente local e de uma aula ao ar livre. Em outra, professores descobriram a importância de voltar no tempo e descobrir com os alunos como era o ambiente do entorno antes da urbanização.
“Às vezes, o que falta no dia-a-dia das escolas é as pessoas pararem para refletir sobre o espaço em que se encontram. Nesse sentido, o cálculo da pegada ecológica com os professores também fez pensar no como podemos mudar de hábitos, principalmente os de consumo”, expressa Cristiane.
Além de dinâmicas que “aterrizam” no território e revelam o funcionamento das complexas interações existentes no ambiente pantaneiro, foi a atividade “Mosaico da Sustentabilidade”, que permite a reflexão sobre o uso dos recursos naturais pelas atividades humanas, a que tocou mais profundamente os participantes. Com simples hexágonos de papelão reutilizado e algumas sucatas, os professores viram como é possível transmitir nas escolas a importância da sustentabilidade e dos serviços ambientais.
“Aplicamos a mesma metodologia no encontro mensal de formação da rede municipal de ensino, junto a 500 professores. Ficamos encantados com a atividade, pois além de tratar do esgotamento dos recursos, permite pensar nossos próprios problemas, como o lixão do município, e vislumbrar soluções, a exemplo da separação do lixo dentro das escolas”, conta a agente técnica de Ciências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Cristiane Goudin, formada na oficina de fevereiro.
A multiplicação do conhecimento caiu como uma luva em algumas escolas que são verdadeiros laboratórios a céu aberto. Numa delas, a existência de uma nascente de água dentro da escola tornou-se motivo de valorização do ambiente local e de uma aula ao ar livre. Em outra, professores descobriram a importância de voltar no tempo e descobrir com os alunos como era o ambiente do entorno antes da urbanização.
“Às vezes, o que falta no dia-a-dia das escolas é as pessoas pararem para refletir sobre o espaço em que se encontram. Nesse sentido, o cálculo da pegada ecológica com os professores também fez pensar no como podemos mudar de hábitos, principalmente os de consumo”, expressa Cristiane.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Conservação internacional (CI - Brasil) e Instituto Supereco promovem oficina de educação ambiental no Oeste da Bahia
A Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Instituto Supereco desenvolvem nos próximos dias 27 e 28 de setembro a oficina de sensibilização Investigando a Biodiversidade, voltada a educadores da região do Oeste Baiano. A iniciativa faz parte do Programa Produzir e Conservar da CI-Brasil, e tem o apoio do Instituto Lina Galvani e da Secretaria de Educação de Luis Eduardo Magalhães. A oficina visa transmitir o potencial pedagógico do tema biodiversidade e sociodiversidade para a aprendizagem no sistema de ensino, reforçando o papel da educação ambiental no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que garantam a conservação do patrimônio natural. Ao todo, serão capacitados 60 educadores do município de Luis Eduardo Magalhães e membros do Parque Fioravanti Galvani, onde a oficina acontece.
“O esforço é parte do trabalho da CI-Brasil de implantação do corredor, que depende da recuperação de áreas degradadas, mas essencialmente do compromisso da população com a conservação, daí a importância de investir em sua formação”, coloca Fernando Ribeiro, coordenador de socioeconomia da CI-Brasil. O conteúdo da oficina é baseado no livro “Investigando a biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil”, lançado em 2010 pela Conservação Internacional, WWF-Brasil e Instituto Supereco. O material traduz as complexas relações do mundo natural para informações simples e relacionadas ao nosso cotidiano. “O conteúdo e a metodologia de educação ambiental da oficina permitem que cada um descubra mais sobre seu endereço ecológico e os serviços ambientais que ele oferece, comprometendo-se com a conservação ambiental, a começar pela sala de aula”, afirma Andrée Vieira, coordenadora geral do Instituto Supereco. Veja mais no blog do Investigando a Biodiversidade investigandoabiodiversidade.blogspot.com
A oficina conta com dinâmicas intercaladas à transmissão de conteúdo, que abordam temas como: os processos fundamentais da educação ambiental, a relação entre água e floresta, o Cerrado como hotspot, os serviços ambientais da biodiversidade e casos de sucesso no corredor Jalapão-Oeste da Bahia.
O Cerrado e o Corredor Jalapão-Oeste da Bahia
“Savana” mais rica do mundo, com cerca de 5% da biodiversidade do planeta, o Cerrado é um mosaico de campos, savanas, florestas e terras úmidas interligadas e homogêneas. Ocupando grande área do Brasil Central, faz fronteira com Amazônia, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica e, por esse contato, apresenta ecossistemas extremamente ricos e específicos. São 11 tipos de formações com espécies que só existem ali, incluindo até 11 mil tipos de plantas, 500 espécies de peixes e 850 de aves.
O Cerrado é o berço das águas do país, de onde partem nossos principais rios, como o São Francisco, Tocantins-Araguaia e Paraná-Paraguai. Mas é também um Hotspot, uma das 34 áreas do planeta com os mais altos níveis de biodiversidade, grande endemismo de espécies, e maior grau de ameaça de extinção. O primeiro estudo do desmatamento no Cerrado, realizado na década de 2000, revelou que mais de 50% do bioma já foram desmatados, e seguindo o ritmo da devastação, suas paisagens poderiam ser completamente extintas até 2030.
Com cerca de 3 milhões de hectares, o Corredor de Biodiversidade do Jalapão-Oeste da Bahia, estende-se pela porção Leste do Tocantins, parte do Piauí, Maranhão e Bahia. Desde 2004, a Conservação Internacional trabalha para implementar o corredor nesta região do Cerrado. Além da grande diversidade de ambientes locais, da alta biodiversidade e dos recursos hídricos da Bacia do Araguaia-Tocantins, o Corredor revela beleza paisagística singular e reforça sua vocação para práticas sustentáveis, como o ecoturismo e a pequena agricultura.
Sobre a Conservação Internacional (CI-Brasil)
É uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987, com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global -, amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de unidades avançadas em Campo Grande-MS e Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org ou siga-nos no twitter @CIBrasil e facebook http://www.facebook.com/pages/Conserva%C3%A7%C3%A3o-Internacional-CI-Brasil/231538486861792
Sobre o Instituto Supereco
É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para promover a educação ambiental como ferramenta estratégica para a conservação do meio ambiente aliada ao desenvolvimento humano. Desenvolve programas de intervenção de forma socioparticipativa a partir do eixo arte-cultura-comunicação-educação-geração de renda-esporte -meio ambiente, visando formar uma rede de parceiros (escolas, empresas, ONGs, instituições governamentais e comunidades) pela educação voltada à conservação. Definiu, desde 2005, como seu Programa Institucional o “Planejando a nossa Paisagem: Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar”, em áreas da Mata Atlântica, tendo a educação ambiental como estratégia de formação e fortalecimento dos recursos humanos locais, individuais e coletivos, para o planejamento e a sustentabilidade dos corredores de biodiversidade. Informações: www.supereco.org.br
Twitter: @ superecco
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