Desdobramentos oriundos das oficinas de educação ambiental “Investigando a Biodiversidade em Sala de Aula” já começam a surgir em diferentes Estados do país. Uma dessas histórias de boas práticas após o contato com a riqueza do mundo natural e suas possibilidades para a educação vem de Campo Grande (MS), onde o WWF-Brasil e o Instituto Supereco realizaram oficina em fevereiro de 2011 para 60 profissionais da rede pública de ensino.
Além de dinâmicas que “aterrizam” no território e revelam o funcionamento das complexas interações existentes no ambiente pantaneiro, foi a atividade “Mosaico da Sustentabilidade”, que permite a reflexão sobre o uso dos recursos naturais pelas atividades humanas, a que tocou mais profundamente os participantes. Com simples hexágonos de papelão reutilizado e algumas sucatas, os professores viram como é possível transmitir nas escolas a importância da sustentabilidade e dos serviços ambientais.
“Aplicamos a mesma metodologia no encontro mensal de formação da rede municipal de ensino, junto a 500 professores. Ficamos encantados com a atividade, pois além de tratar do esgotamento dos recursos, permite pensar nossos próprios problemas, como o lixão do município, e vislumbrar soluções, a exemplo da separação do lixo dentro das escolas”, conta a agente técnica de Ciências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Cristiane Goudin, formada na oficina de fevereiro.
A multiplicação do conhecimento caiu como uma luva em algumas escolas que são verdadeiros laboratórios a céu aberto. Numa delas, a existência de uma nascente de água dentro da escola tornou-se motivo de valorização do ambiente local e de uma aula ao ar livre. Em outra, professores descobriram a importância de voltar no tempo e descobrir com os alunos como era o ambiente do entorno antes da urbanização.
“Às vezes, o que falta no dia-a-dia das escolas é as pessoas pararem para refletir sobre o espaço em que se encontram. Nesse sentido, o cálculo da pegada ecológica com os professores também fez pensar no como podemos mudar de hábitos, principalmente os de consumo”, expressa Cristiane.
Muito boa essa iniciativa de noticiar os processos com o Investigando a biodiversidade na rede. No WWF tivemos experiências com o material, também, com as secretarias municipal e estadual de educação em Apiacás, Colniza e Reserva do Cabaçal, ambos municípios do Mato Grosso, e na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina-DF. Após esses trabalhos realizados em 2010, estamos desenvolvendo uma proposta para ganhar escala enriquecendo a temática em sala de aula com outros materiais e processos, assim que estivermos com o bloco na rua, comunicaremos. Parabéns a tod@s envolvid@s em mais essa história de sucesso da educação para sociedades sustentáveis. E vamos manter as trocas de experiências vivas entre nós.
ResponderEliminarAxé!
Bruno Reis
Programa Educação para Sociedades Sustentáveis
WWF-Brasil
Vcs incentivam escolas próximas O DF? Como em Águas Lindas -GO? Temos um projeto e gostaríamos nesse momento de incentivar primeiro professores e funcionários da instituição. Somos menos de 40
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