quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Oficina de Educação Ambiental sobre Biodiversidade resgata consciência pelo Cerrado

Com a presença de cerca de 60 educadores do município de Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano, onde a natureza do Cerrado possui expressiva riqueza natural e integra o Corredor de Biodiversidade Jalapão - Oeste da Bahia, a Oficina de Formação em Educação Ambiental Investigando a Biodiversidade em Sala de Aula obteve importantes impactos na sensilibização local.

A iniciativa da Conservação Internacional, em parceria com o Supereco, com o apoio do Instituto Lina Galvani e da Secretaria de Educação, trouxe de forma dinâmica todo o potencial pedagógico do tema biodiversidade e sociodiversidade, com vivências práticas para a sala de aula que fizeram os participantes refletirem sobre o valor do Cerrado. Principalmente, sobre a importântica da manutenção da biodiversidade e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para a qualidade dos serviços ambientais locais, que vão desde o abastecimento de água, a diversidade de matérias-primas para a produção, até a sustentabilidade do próprio “agronegócio”, principal atividade da região.

“O resgate do pertencimento ao Cerrado, já que a maioria dos educadores vêm de fora, a sensibilização sobre o valor da região junto à reflexão de que a educação ambiental deve ser desenvolvida nas escolas de forma transversal, permanente e contínua, potencializando a nova Politica Estadual de Educação Ambiental da Bahia, foram pilares essenciais da transformação social conquistada na oficina, tornando a biodiversidade um grande guarda-chuva de conexões na escola”, ressalta Andrée de Ridder Vieira, coordenadora geral do Instituto Supereco.

Para a gerente de comunicação da CI, Gabriela Michelotti, “a oficina contribuiu para se desconstruir a imagem negativa da população em relação ao Cerrado. Ao discutir características locais, como a vegetação de árvores retorcidas e a fauna do Cerrado, ensinou que o bioma e a biodiversidade local são ricas e importantes para a sobrevivência de todos os brasileiros”.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Supereco nos Diálogos sobre a Biodiversidade, rumo à Rio+20, defende educação para a conservação

O Instituto Supereco participou, junto com representantes da sociedade civil, nesta útlima segunda e terça-feira (26 e 27/9) da série Diálogos sobre a Biodiversidade, em Brasília. O objetivo do encontro, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, e entidades parceiras como WWF-Brasil, União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), foi debater a elaboração da estratégia nacional para a conservação da biodiversidade.

Os Diálogos da Biodiversidade são organizados para promover consultas públicas a diferentes setores da sociedade com objetivo de coletar contribuições para a construção de um plano nacional de biodiversidade.
De acordo com Bráulio Dias, secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, o Ministério pretende estabelecer um referencial atualizado para o País trabalhar este tema em seus planos estratégicos.

Ele explica que apenas em 2002 as metas de prevenção e conservação da diversidade biológica começaram a ser estabelecidas. Em 2004, foram definidas 21 metas globais de biodiversidade, mas só a partir de 2006 foram aprovadas, pela primeira vez, um conjunto de metas nacionais.

"Antes de estabelecermos novas estratégias nacionais para 2020, que devem ser baseadas nas Metas de Aichi, decidimos promover esse diálogo. É fundamental a inserção do tema da diversidade biológica no planejamento estratégico de outros segmentos do Governo e da economia", esclarece o secretário.
Dias acredita que o maior desafio agora é conseguir engajar todos os setores da sociedade e Governo na busca pela conservação. As análises das metas nacionais indicam que as causas de degradação da biodiversidade estão ocorrendo nestas esferas.

O MMA pretende concluir esta consulta ainda neste ano para depois consolidar um documento com estas contribuições. A intenção é fazer uma proposta final do que seria uma meta nacional até 2020.

"Nós iniciamos uma discussão com outros ministérios para checar a aceitação do encaminhamento ao Congresso Nacional do que seria a Política Nacional de Biodiversidade, processo semelhante ao que ocorreu com a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Queremos transformar isso em um projeto de lei, dando respaldo político a estas consultas", disse Dias.

Estratégia brasileira -  Para Cláudio Maretti, superintendente do WWF-Brasil, o MMA está promovendo a abertura do diálogo com a sociedade. "Estamos neste momento construindo a posição e as estratégias brasileiras, por isso esta discussão com diferentes setores é importante para que as metas sejam incorporadas no cotidiano das empresas, do Governo e de toda a sociedade", afirmou.

"Ainda temos que fazer uma adaptação baseada na biodiversidade em ecossistemas, que contemple as comunidades locais e as metas estabelecidas em Nagoya. A economia verde depende desta biodiversidade que estamos discutindo. A biodiversidade está no nosso dia, é o nosso alimento, é o que interfere também nas mudanças climáticas, no clima que temos em cada região, em produtos que usamos no cotidiano. Não é apenas uma preocupação de ambientalistas", defende.

A jornalista ambiental Liana John também defende a ideia de tornar a biodiversidade brasileira um tema comum para toda a sociedade. Ela acredita que o reconhecimento do valor da diversidade biológica só vai ocorrer quando a população souber que este assunto está presente em nosso dia-a-dia.
"Todas as pessoas precisam entender que a biodiversidade é um patrimônio nacional. Se elas acreditam, por exemplo, que os parques e reservas não são uma extensão de sua casa, que não são propriedade da própria população, então o tema fica distante do interesse das pessoas", reforçou a jornalista.

Metas de Aichi - As chamadas Metas de Aichi - determinadas pela última Convenção da Diversidade Biológica (CDB), realizada em Nagoya, na província de Aichi, no Japão - estabelecem um conjunto de metas agrupadas em temas como a contenção da perda da biodiversidade; ações para reversão dos processos que causam a devastação da mesma em todo o planeta; os problemas ligados ao uso não sustentável de seus elementos; incorporação dos conhecimentos de populações e povos tradicionais e mobilização de recursos financeiros para esta causa. 

Também indicam aos países participantes uma conservação mínima de 17% em áreas continentais e 10% em zonas marinhas de seus territórios

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Campo Grande (MS) cria mosaico de iniciativas pela sustentabilidade

Desdobramentos oriundos das oficinas de educação ambiental “Investigando a Biodiversidade em Sala de Aula” já começam a surgir em diferentes Estados do país. Uma dessas histórias de boas práticas após o contato com a riqueza do mundo natural e suas possibilidades para a educação vem de Campo Grande (MS), onde o WWF-Brasil e o Instituto Supereco realizaram oficina em fevereiro de 2011 para 60 profissionais da rede pública de ensino.


Além de dinâmicas que “aterrizam” no território e revelam o funcionamento das complexas interações existentes no ambiente pantaneiro, foi a atividade “Mosaico da Sustentabilidade”, que permite a reflexão sobre o uso dos recursos naturais pelas atividades humanas, a que tocou mais profundamente os participantes. Com simples hexágonos de papelão reutilizado e algumas sucatas, os professores viram como é possível transmitir nas escolas a importância da sustentabilidade e dos serviços ambientais.

“Aplicamos a mesma metodologia no encontro mensal de formação da rede municipal de ensino, junto a 500 professores. Ficamos encantados com a atividade, pois além de tratar do esgotamento dos recursos, permite pensar nossos próprios problemas, como o lixão do município, e vislumbrar soluções, a exemplo da separação do lixo dentro das escolas”, conta a agente técnica de Ciências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Cristiane Goudin, formada na oficina de fevereiro.

A multiplicação do conhecimento caiu como uma luva em algumas escolas que são verdadeiros laboratórios a céu aberto. Numa delas, a existência de uma nascente de água dentro da escola tornou-se motivo de valorização do ambiente local e de uma aula ao ar livre. Em outra, professores descobriram a importância de voltar no tempo e descobrir com os alunos como era o ambiente do entorno antes da urbanização.

“Às vezes, o que falta no dia-a-dia das escolas é as pessoas pararem para refletir sobre o espaço em que se encontram. Nesse sentido, o cálculo da pegada ecológica com os professores também fez pensar no como podemos mudar de hábitos, principalmente os de consumo”, expressa Cristiane.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Conservação internacional (CI - Brasil) e Instituto Supereco promovem oficina de educação ambiental no Oeste da Bahia

A Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Instituto Supereco desenvolvem nos próximos dias 27 e 28 de setembro a oficina de sensibilização Investigando a Biodiversidade, voltada a educadores da região do Oeste Baiano.  A iniciativa faz parte do Programa Produzir e Conservar da CI-Brasil, e tem o apoio do Instituto Lina Galvani e da Secretaria de Educação de Luis Eduardo Magalhães. A oficina visa transmitir o potencial pedagógico do tema biodiversidade e sociodiversidade para a aprendizagem no sistema de ensino, reforçando o papel da educação ambiental no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que garantam a conservação do patrimônio natural. Ao todo, serão capacitados 60 educadores do município de Luis Eduardo Magalhães e membros do Parque Fioravanti Galvani, onde a oficina acontece.

“O esforço é parte do trabalho da CI-Brasil de implantação do corredor, que depende da recuperação de áreas degradadas, mas essencialmente do compromisso da população com a conservação, daí a importância de investir em sua formação”, coloca Fernando Ribeiro, coordenador de socioeconomia da CI-Brasil. O conteúdo da oficina é baseado no livro “Investigando a biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil”, lançado em 2010 pela Conservação Internacional, WWF-Brasil e Instituto Supereco. O material traduz as complexas relações do mundo natural para informações simples e relacionadas ao nosso cotidiano. “O conteúdo e a metodologia de educação ambiental da oficina permitem que cada um descubra mais sobre seu endereço ecológico e os serviços ambientais que ele oferece, comprometendo-se com a conservação ambiental, a começar pela sala de aula”, afirma Andrée Vieira, coordenadora geral do Instituto Supereco. Veja mais no blog do Investigando a Biodiversidade investigandoabiodiversidade.blogspot.com

A oficina conta com dinâmicas intercaladas à transmissão de conteúdo, que abordam temas como: os processos fundamentais da educação ambiental, a relação entre água e floresta, o Cerrado como hotspot, os serviços ambientais da biodiversidade e casos de sucesso no corredor Jalapão-Oeste da Bahia.

O Cerrado e o Corredor Jalapão-Oeste da Bahia

Savana” mais rica do mundo, com cerca de 5% da biodiversidade do planeta, o Cerrado é um mosaico de campos, savanas, florestas e terras úmidas interligadas e homogêneas. Ocupando grande área do Brasil Central, faz fronteira com Amazônia, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica e, por esse contato, apresenta ecossistemas extremamente ricos e específicos.  São 11 tipos de formações com espécies que só existem ali, incluindo até 11 mil tipos de plantas, 500 espécies de peixes e 850 de aves.
O Cerrado é o berço das águas do país, de onde partem nossos principais rios, como o São Francisco, Tocantins-Araguaia e Paraná-Paraguai. Mas é também um Hotspot, uma das 34 áreas do planeta com os mais altos níveis de biodiversidade, grande endemismo de espécies, e maior grau de ameaça de extinção. O primeiro estudo do desmatamento no Cerrado, realizado na década de 2000, revelou que mais de 50% do bioma já foram desmatados, e seguindo o ritmo da devastação, suas paisagens poderiam ser completamente extintas até 2030.
Com cerca de 3 milhões de hectares, o Corredor de Biodiversidade do Jalapão-Oeste da Bahia, estende-se pela porção Leste do Tocantins, parte do Piauí, Maranhão e Bahia. Desde 2004, a Conservação Internacional trabalha para implementar o corredor nesta região do Cerrado. Além da grande diversidade de ambientes locais, da alta biodiversidade e dos recursos hídricos da Bacia do Araguaia-Tocantins, o Corredor revela beleza paisagística singular e reforça sua vocação para práticas sustentáveis, como o ecoturismo e a pequena agricultura.



Sobre a Conservação Internacional (CI-Brasil)
É uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987, com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global -, amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de unidades avançadas em Campo Grande-MS e Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org ou siga-nos no twitter @CIBrasil e facebook http://www.facebook.com/pages/Conserva%C3%A7%C3%A3o-Internacional-CI-Brasil/231538486861792


Sobre o Instituto Supereco
É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para promover a educação ambiental como ferramenta estratégica para a conservação do meio ambiente aliada ao desenvolvimento humano. Desenvolve programas de intervenção de forma socioparticipativa a partir do eixo arte-cultura-comunicação-educação-geração de renda-esporte -meio ambiente, visando formar uma rede de parceiros (escolas, empresas, ONGs, instituições governamentais e comunidades) pela educação voltada à conservação. Definiu, desde 2005, como seu Programa Institucional o “Planejando a nossa Paisagem: Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar”, em áreas da Mata Atlântica, tendo a educação ambiental como estratégia de formação e fortalecimento dos recursos humanos locais, individuais e coletivos, para o planejamento e a sustentabilidade dos corredores de biodiversidade. Informações: www.supereco.org.br
Twitter:  @ superecco





quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Setor privado debate estratégia brasileira para biodiversidade

Líderes empresariais de todo o País que estão na vanguarda das discussões sobre o uso sustentável da biodiversidade se reunirão nos dias 3 e 4 de agosto, em Brasília, para ajudar a definir a estratégia brasileira de biodiversidade.

O encontro faz parte da iniciativa Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020, organizada pelo Ministério do Meio Ambiente, União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), WWF-Brasil e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). O evento conta ainda com o apoio do Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB), Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O objetivo da iniciativa é elaborar de forma participativa, com diferentes setores da sociedade, a estratégia e o plano de ação que ajudarão a internalizar no País o Plano Estratégico da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) para 2020 aprovado na 10ª Conferência das Partes (COP 10), realizada em Nagoya, no Japão, em Outubro do ano passado.

Entenda o contexto


Após a aprovação pelos países membros da CDB do novo Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica para o período de 2011 a 2020 na COP 10, o Brasil inicia agora o processo de revisão e atualização da sua estratégia nacional e do plano de ação brasileiro para biodiversidade.

Para isso, o governo - por meio do MMA e das organizações civis - realizará consultas aos diversos setores da sociedade brasileira para ajudar na elaboração de metas nacionais de biodiversidade para 2020. Ao todo, serão cinco reuniões setoriais: setor privado; sociedade civil; governos (estadual, municipal e federal); academia; e povos indígenas e comunidades locais.

Os documentos elaborados nesses encontros serão consolidados e apresentados em uma reunião final com representantes de todos os setores para avaliação e considerações finais. Em seguida, o documento resultante desse processo irá para consulta pública.

O foco empresarial


As 20 metas contempladas no Plano Estratégico da CDB estão subdivididas em cinco objetivos estratégicos que tratam de questões vão desde o estímulo ao desenvolvimento sustentável, a conservação da biodiversidade terrestre e marinha, até o combate aos fatores de pressão aos ecossistemas. Os objetivos abordam ainda questões como o aumento do conhecimento sobre o valor da biodiversidade e a mobilização de recursos financeiros.

As metas globais são bem amplas e a ideia é que os setores da sociedade trabalhem sobre as metas globais e elaborem submetas nacionais que sejam adaptadas à realidade brasileira, seja por setor específico ou por biomas.

As metas que mais afetam ao setor empresarial são as que se relacionam com a incorporação dos custos da biodiversidade nas contas nacionais, a valoração da biodiversidade, a redução da poluição, o pagamento por serviços ambientais, a implementação do protocolo de Nagoya sobre acesso e repartição dos benefícios oriundos do uso da biodiversidade (Protocolo de ABC) e mobilização de recursos financeiros.

Serviço:


Diálogos sobre Biodiversidade
Datas e horários: 3/8 (9h às 18h) e 4/8 (9h às 12h)
Local: Confederação Nacional da Indústria - CNI, Setor Bancário Norte, Qd 1, Bloco C, Brasília-DF

por MMA

Perda de biodiversidade aumenta, mesmo com áreas protegidas

                                  (Imagem:biotabrasil.com.br)

A pesquisa, publicada na revista científica “Marine Ecology Progress Series”, mostra que existem cem mil áreas protegidas no mundo, atualmente, sendo 17 milhões de kmem terra e dois milhões de kmnos oceanos. Mesmo assim, a perda de biodiversidade só aumentou nos últimos anos.
O pesquisador colombiano da Universidade do Havaí, Camilo Mora, confirma que o fato é realmente preocupante. “Estamos investindo em uma grande quantidade de recursos financeiros e humanos na criação de áreas protegidas e infelizmente evidências sugerem que essa não é a solução mais efetiva.”
A pesquisa mostrou também possíveis justificativas, como o fato de que das cem mil áreas protegidas, apenas 5,8% das que estão em terra e 0,08% dos oceanos cumprem as normas necessárias.
Outro problema é o baixo investimento mundial. O correto seria que houvesse investimento de pelo menos US$ 24 bilhões, quando na verdade a despesa é de US$ 6 bilhões anualmente.
O diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde da Universidade das Nações Unidas - Canadá, Peter Sale, indica alguns problemas no uso de áreas protegidas como forma de preservar a biodiversidade do problema.
Como Sale também faz parte do estudo, ele percebeu que o crescimento previsto das áreas protegidas ainda é muito lento. De acordo com o pesquisador, são necessários 185 anos em terra e 80 anos nos oceanos para que a meta de cobrir 30% dos ecossistemas seja alcançada.
Se por um lado o ritmo de crescimento de áreas protegidas está lento, por outro as ameaças contra a biodiversidade avançam rapidamente. Para piorar, cerca de 90% das áreas (entre oceanos e terra) têm superfície inferior a um quilômetro quadrado.
As áreas protegidas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, impedem efetivamente as ameaças de exploração em massa e a perda de habitat, no entanto são ineficientes contra mudança climática, poluição e espécies invasoras.
As áreas são importantes, por isso é preciso investir mais, tanto financeiramente, já que apenas um quarto do que deveria ser empregado é realmente destinado a esse fim, quanto na expansão das áreas de proteção.  
De acordo com a pesquisa, até o ano de 2050, a situação pode tornar-se “catastrófica”, por isso é fundamental que medidas sejam adotadas para reverter este quadro a fim de equilibrar os ecossistemas e conservar a variedade de vida no planeta. Com informações da Folha.
Fonte: Ciclo Vivo

segunda-feira, 4 de julho de 2011

No ritmo das águas

Uma incrível variedade de seres vivos habita ambientes aquáticos como lagos, rios, oceanos e áreas úmidas, e num único recife de coral podem ser encontradas mais de 3 mil espécies de peixes e invertebrados, como uma floresta tropical dos mares.


No Brasil, a região de Abrolhos abriga a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, e por sua riqueza natural e relação com as comunidades costeiras conta com o primeiro parque marinho do país e ações como a do Projeto Abrolhos, que integra pesquisa, educação e ações sustentáveis.

No universo das águas, os mangues também resguardam valiosas relações, sendo berçários de diversas espécies, responsáveis pelo controle das marés e pela purificação da água. Na fauna do manguezal, destacam-se caranguejos, ostras, mexilhões e outros que se alimentam filtrando a água.

E em nosso país também está a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões Naturais da Terra, com área total de 210 mil km2 (no Brasil, Bolívia e Paraguai). Além da singular beleza de suas paisagens e o regime anual de inundações, sua importância está na proteção de inúmeras espécies ameaçadas de extinção.

Seguir o ritmo das águas e compreender a importância deste recurso deve ser um compromisso de todos, ainda mais quando sabemos que o Brasil possui cerca de 12% da reserva de água doce do planeta!