Menos visíveis do que as espécies e ecossistemas, os genes são essenciais para a manutenção da biodiversidade. A variação genética na natureza é tanta que algumas plantas e animais chegam a ter 400 mil genes, fazendo de cada espécie uma “enciclopédia de informação genética”, com um código de vida único e adaptado às condições de ecossistemas específicos.
Valorizar os genes implica em perceber o mundo ao nosso redor, seja entre os vários tipos de banana no supermercado às diferentes cores de olhos ou de pelagem nos mamíferos. Como as digitais do ser humano, por exemplo, as pintas de uma onça-pintada nunca serão iguais às de outra. Essa exclusividade é resultado da variação genética!
E hoje já sabemos que uma grande variação genética aumenta as chances de sobrevivência das espécies, garantindo que um número suficiente de indivíduos consiga se adaptar às mudanças em seu meio ambiente e, assim, perpetue a espécie. Por isso, geneticistas e biólogos vem tentando manter a variação genética de espécies ameaçadas como a onça-pintada, o lobo-guará ou o jequitibá.
Também ao longo da história, agricultores selecionaram sementes e, consequentemente, seus genes visando aumentar o rendimento da lavoura. Com isso, conseguiram espécies mais resistentes a condições extremas, como secas ou ataques de pragas, comprovando que a maior variabilidade genética aumenta a chance de resistência a pestes ou às mudanças climáticas.
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