quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uma grande teia de vida

Ao longo dos anos fomos educados a simplificar as coisas em categorias, esquecendo que no mundo tudo está interconectado e que a biodiversidade é como uma teia de relações. Assim, os ecossistemas, as espécies e os genes se influenciam constantemente e, se um desses níveis é rompido, os efeitos repercutem em toda a cadeia de relações.


Os muriquis são um bom exemplo dessa interdependência, conforme só são encontrados na Mata Atlântica do Brasil e atuem como dispersores das sementes que se reproduzem em novas árvores. Altamente ameaçados de extinção por causa da caça e da destruição de seu hábitat, os muriquis se encontram hoje isolados em pequenos fragmentos, podendo diminuir de número num futuro próximo. Com o enfraquecimento da espécie pela perda de sua variedade genética, aumentam os riscos de extinção e, consequentemente, a Mata Atlântica como um todo sofrerá mudanças e outras espécies serão afetadas.

É uma de cadeia que precisa funcionar sem interrupções! Felizmente já existem iniciativas para tentar frear a fragmentação, a exemplo da Estação Biológica de Caratinga, transformada recentemente na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Miguel Abdala, um local significativo para a proteção do muriqui-do-norte.

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